Vazantes
A exposição do artista e professor do DAV/UFES, Júlio Tigre, na Galeria de Arte e Pesquisa (GAP) da UFES, apresentou duas intervenções inter-relacionadas. Uma delas ocorreu dentro do espaço expositivo; a outra no espaço de construção abandonado em frente à galeria onde acontece o “Projeto Aquário Baldio”.
Tigre propõe intervenções pontuais que modificam a forma de percepção dos visitantes nos espaços, bem como a temporalidade da obra.
Dentro da Galeria, o artista prolongou os fios de instalação elétrica colocando a iluminação em uma posição de pouca distância do chão.
No terreno externo, Tigre recortou os painéis de proteção do terreno baldio - furos redondos recortados que talvez possam ser descritos como uma "insistência em somar zeros" como mencionaou Lincoln Guimarães. Depois, coloca essas partes arredondadas sobre hastes, distanciadas dos painéis.
A obra do artista rremonta claramente a uma tradição de ações que remetem a instalação, a obra ‘relacionada ao lugar’ e a arte efêmera, práticas artísticas que ganharam reconhecimento teórico e prático a partir dos anos 1960.